Sublime

Ele é implacável. Um dia diz que sim e outro não. E não importa o quanto ele te maltrate, ele é tão radiante e cheio de alegria que você se esquece dos insultos e os insultos não parecem mais insultos e nem são mais reais, eles são passado, compreende? Mas ele é, apesar de tudo, absolutamente, implacável.
É esquerdista, vegetariano, alegre, feliz, e  grosseiro a ponto de você sentir seu interior ser arrancado aos poucos, mas simpatiquíssimo, influente, todos vão conversar e pedir a ele. E ele diz que sempre às mesmas coisas pra todas as situações: esqueça, não vale a pena, se preocupe apenas com você, dane-se os outros. E é isso que eu faço, é isso que todos fazem. Ele diz ignore e eu ignoro; ele diz cala a boca, mas como isso eu não posso, peço desculpas, muitas desculpas; ele diz me ajude a levar as coisas, e eu ajudo; eu faço porque é absolutamente incrível, ele é radiante, todos veem isso. Não, não é inconsciente é absolutamente consciente todas essas coisas de entregar parte minhas ações e motivos a essa pessoa. É loucura, mas é real. Não é amor, não é paixão, não! Definitivamente. Mas por causa do já dito: é simplesmente incrível.
 Ele jamais será atingido por nada. Se encostam nele, ele já prepara todo o necessário e inibe qualquer reação que ele não domine, e isso é maravilhoso! Todos querem isso também! Por isso, todos pedem ajuda a ele, ele tem Algo, mesmo maltratando as pessoas e esfaqueando- as por trás(com exceção das pessoas que ele ama muitíssimo), porque ele não se importa! Sério, sem rancor, sem ódio, sem raiva, sem nada, só quando agridem seu ego, porque é sagrado, é seu método de ataque e defesa. Mas é fantástico, ele não liga, mas oferece a não, por quê? E eu não fico cansada em repetir. E não, não é sarcasmo ou crítica, é o fato que tudo isso é muito surreal e doente, mas é real, é um fato, afinal!  Porque ele é uma pessoa maravilhosa e isso é incontestável, não porque ele diz, mas por todas as pessoas ao redor dele e eu.
Todas as pessoas deveriam conhecer e sentir a dor e o prazer dessa doença consciente, mas não dita ou confrontada porque eu e ninguém quer soltá-la, porque isso nos faz sentir e ficar felizes e conversar e estar perto é o que nos fazemos, na esperança de mais palavras e em alguma hora poder ser como ele, sem arrependimento ou culpa ou presunção ou ter qualquer escrúpulo, apenas ser assim, sem mais, radiante antes de explodir.

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